Non si può fare del bene stando col muso, con la malinconia, con la tetraggine.
Venerdì, 22 Settembre 2023
13 Gennaio 2011
Costituzione del Centro Provinciale delle Vocazioni (PT)

2010-12-20-Costituzione-Centro-Provinciale-Vocazioni-PT

Roma, 20 /12/2010

Instaurare omnia in Christo!

Assunto: criação do Centro Provincial Vocacional

   

Caríssimos Diretores Provinciais, Vice-Provinciais, Superior Delegado
e para conhecimento a todos os Religiosos da Pequena Obra da Divina Providência

 

            O nosso XIII Capítulo Geral deu particular atenção ao tema das vocações (cf. 13CG, 103-111) e deu ainda uma indicação concreta, a de se criar o Centro Provincial Vocacional. Até agora, pode-se dizer que todas as nossas comunidades manifestaram um interesse pelas vocações e algumas também expressaram esse interesse com iniciativas apropriadas. Escutando as intervenções dos Padres Capitulares, percebeu-se que a preocupação é ainda maior, pois o Capítulo considerou esse tema de modo integral, para dar uma resposta mais incisiva. Ocorre de fato que o nosso compromisso pelas vocações seja mais bem coordenado, tenha continuidade e abrace todos os aspectos da nossa vida, de modo que ele se torne uma “cultura vocacional”. Para tanto quero recordar a todos os Superiores das Províncias, Vice-Províncias e da Delegação Missionária que assumam de coração, durante as assembleias de programação ou quanto antes, o projeto de criação do Centro Provincial Vocacional, segundo as indicações dadas na Dec. 26 do XIII Capítulo Geral (cf. 13CG, 1)

Cada Província, segundo a própria situação, organize o Centro Provincial Vocacional que, sob a orientação do Diretor Provincial e a responsabilidade de um conselheiro, tenha o encargo de programar de maneira criativa e de desenvolver uma constante e eficaz promoção  vocacional, no contexto da Pastoral e conjunto (cf.  Normas 61).

              O Capítulo valorizou o que já se faz de melhor atualmente: a oração pelas vocações, as escolas e os cursos preparatórios para os formadores realizados em algumas províncias e o emprego de novos instrumentos para um autêntico itinerário proposto aos jovens em suas caminhadas. Ao mesmo tempo expôs algumas sérias preocupações, por exemplo, a de não haver em nossa Congregação um “projeto estratégico-pedagógico de promoção e acompanhamento vocacional dos jovens”, existe “um como que relaxamento e falta de participação por parte de muitos religiosos”; não raramente aparece uma “má vontade para acolher os jovens nas comunidades porque eles perturbam nossos programas” e também aparece “um abandono da marcha por parte de tantos religiosos de profissão temporária e mesmo da perpétua”. (Cf. 13CG, 105)

                Depois de ter feito a reflexão sobre a questão no seu conjunto, o Capítulo apresentou indicações precisas: linhas de ação e decisões. Elas, porém, para atuação, terão necessidade de alguém, ou algum órgão, que as coordene de modo ordenado e constante. Esse alguém só poderá ser o Centro Provincial Vocacional (cf. 13CG, 110), guiado pelo próprio superior provincial e sob a responsabilidade de um conselheiro.

            Para Dom Orione, que todos nós reconhecemos como o santo da caridade, uma das expressões essenciais da caridade era o carinho para com as vocações: “Uma grande parte da nossa caridade devemos exercitá-la no cultivo das vocações[1].  O verdadeiro motivo do interesse de Dom Orione para com as vocações era o fato que as vocações são a condição para que continue vivo o nosso carisma: “As vocações de meninos pobres ao sacerdócio são, depois do amor ao Papa e à Igreja, o mais querido ideal, o sagrado amor da minha vida.” [2] Lemos num apontamento deixado por Dom Orione: “Tu sabes muito bem como eu insisto sempre neste assunto das vocações. É que eu, repare bem, quero ser o santo das vocações e do  Papa”.[3]

Dom Orione, em sua carta do dia 02/05/1920 endereçada a Dom Pensa, escrevia que os grandes santos, como São Paulo, São Vicente de Paulo, São Francisco Xavier, São José  Benedito Cottolengo e São João Bosco, sem a caridade não teriam feito nada. “É o Espírito de Deus, que é espírito de celeste caridade, que deve nos levar a cultivar nos jovens as santas vocações religiosas e os futuros Sacerdotes, porque‚ tantas escolas, tantos esforços pela renovação das almas, dos povos e das obras, não florescerão jamais se não houver Sacerdotes, e se não houver religiosos. Que faremos nós, que vamos envelhecendo e já nos sentimos quase acabados, se não tivermos continuadores? Eu penso nisso dìa e noite, e não lamento tanto as nossas fraquezas humanas, quanto o ver a crise que há na Igreja em matéria de vocações. Ah! São Vicente de Paulo se vendeu para resgatar um cristão escravizado, e nós ficaremos indiferentes e frios diante do desafio para dar à Igreja e às almas bons Sacerdotes que continuem o apostolado de Jesus Cristo para dar à nossa Congregação muitos e santos filhos, que sejam capazes de continuar as obras por nós iniciadas com a ajuda que Deus nos deu? E deixaremos de trabalhar para preparar os novos lutadores da fé e da caridade, a serviço da Igreja e das almas? Uma grande parte da nossa caridade nós a exercemos ao cultivar as vocações. Rezemos a Deus para que nos mande boas vocações e para que suscite santos e piedosos Samuéis para o Santuário.[4]

 

Testemunhas e narradores da vocação

Antes de tudo, é preciso recordar que é Deus quem suscita a vocação, mediante o testemunho. No Evangelho de João se lê que André, depois de acolher o convite de Jesus para vir e ver, deu testemunho a seu irmão Simão (Pedro) e “o conduziu a Jesus” (Jo 1,40-42). O empenho de testemunhar a respeito de Jesus continua nas pessoas dos cristãos e especialmente dos religiosos que o imitam em sua forma de vida terrena (pobre, celibatário e, obediente, em vida comunitária.

Do ponto de vista humano, a vocação requer um ânimo bem disposto a seguir Jesus e essa disposição é facilitada, se os que sentem a voz do Senhor encontram em seu  caminho um testemunho que tenha credibilidade. Cada um de nossos religiosos, sacerdotes ou irmãos, encontrou alguma testemunha que fez brotar a sua vocação (seus pais, um catequista, o pároco ou alguma tia religiosa…). E ninguém de nós seria sacerdote ou irmão, sem alguma  testemunha que fosse um prolongamento do testemunho de Jesus, ou de Dom Orione, porque a vocação recebida nasceu e nasce sempre pelo testemunho de alguém; toda vocação  tem a finalidade de gerar e de se tornar  para os outros um testemunho daquilo que existe em nós e em que nós acreditamos.[5]

O compromisso de ser testemunha da beleza do seguimento de Cristo é próprio de todos os batizados, tanto dos leigos como dos sacerdotes e consagrados, para que novas vocações germinem pelo testemunho de uns e de outros. Nós, religiosos, somos especialmente chamados a dar testemunho de Jesus nos dois sentidos, como batizados e como consagrados. Fomos chamados a nos tornarmos anunciadores da vocação, para que o nosso testemunho fiel traga em si uma força irradiadora que chame a atenção e se torne um apelo. É nesse sentido e a esse propósito que o XIII Capítulo Geral nos recomenda que desenvolvamos uma animação vocacional e que trabalhemos nos âmbitos da formação, unidos às Pequenas Imãs Missionárias da Caridade, ao ISO e valorizando também a presença do MLO (cf. 13CG, 109).

O Capítulo Geral nos convida ainda a um cordial acolhimento dos jovens em nossas comunidades, para que esse acolhimento os faça experimentar a alegria de participar de nossa Família Orionita (cf. 13CG, 108). Dom Orione escreveu a esse respeito: “Mas devemos chegar com todo carinho e com muita delicadeza, com muita prudência também em nosso modo de falar: devemos antes renovar e transformar na caridade o coração dos nossos jovens, renová-los e transformá-los em Jesus Cristo; mas se quisermos que eles ardam, devemos antes nós  mesmos arder da caridade de Jesus; tudo terá nova vida se levarmos ardentes em nossas  mãos, alta e bem alta em nossos corações a lâmpada da caridade de Jesus Cristo. Um grande número de almas surgirá em torno de nós e fará brotar um fecundo e maravilhoso esplendor na Igreja  de  Jesus Cristo Nosso  Senhor, se  assim rezarmos e assim trabalharmos.”[6]

 

Uma cultura vocacional

O XIII Capítulo Geral nos pede que criemos e promovamos uma “cultura vocacional” (cf. 13CG, 107), o que pressupõe uma programação e uma promoção vocacional dirigida de forma constante e criativa, no contexto da pastoral de conjunto (cf. 13CG, 110). Conforme a própria palavra “cultura” já indica todos os campos da vida humana, não é para admirar que o Capítulo tenha indicado como campo de interesse vocacional a pastoral de conjunto, porque é preciso que ela abrace todos os níveis da vida humana e, a seguir, o Capítulo destaca alguns itens e pontos: sensibilização das famílias, acompanhamento espiritual dos adolescentes e jovens, valorização dos grupos de coroinhas e de outros servidores do altar, esforço de atração de jovens voluntários..., fazendo propostas diretas e explícitas aos mais sensíveis (cf. 13CG, 107 e 110). Na verdade, esse empenho deve abraçar inclusive outros aspectos de vida, não indicados pelo Capítulo, mas que são igualmente importantes para a promoção da “cultura vocacional”.

O Centro Provincial Vocacional vem para ser um centro propulsor, mas os verdadeiros protagonistas são as pessoas que se comprometem com a vida voltada a dar testemunho particular e comunitário; assim, pois, o sucesso dessa iniciativa dependerá sobretudo do compromisso pessoal de cada um dos religiosos. Dom Orione implorava aos seus religiosos que não se descuidassem desse santo empenho: “Eu vos suplico em Cristo, ó meus queridos filhos, que não deixeis de lado nada daquilo que Deus quer de mim e de Vocês em relação ao cuidado pelas vocações, como também aos Clérigos ou aos Aspirantes, por nossa santificação e pela salvação de muitas almas e de multidões de almas.[7] E o Capítulo ordena que toda comunidade estabeleça o tempo e os modos de atuação de iniciativas, explicitamente vocacionais, como orações pelas vocações, jornadas, retiros espirituais, palestras escolares, mês ou semana vocacional, panfletos, boletins e impressos vocacionais... (cf. 13CG, 111). Além disso, a própria Igreja nos ensina que "além da oração (...) é urgente que nos empenhemos com um anúncio explícito na catequese adequada... e que proponhamos corajosamente (e com alegria) através da palavra e do exemplo de nossa vida de seguimento de Cristo (...) investindo nossas melhores energias no trabalho vocacional juvenil[8].

O Centro Provincial Vocacional promoverá a “cultura vocacional” ajudando as comunidades cristãs a anunciar, chamar e acompanhar as vocações orionitas e outras mais. Promoverá a colaboração de todos, através de diversas iniciativas, tais como: o coerente testemunho de vida, a oração pelas vocações, a preparação de subsídios para a animação do “Dia vocacional”, a programação de semanas vocacionais, o empenho contínuo junto às famílias e às comunidades, para que redescubram sua função de mediação no anúncio e no acompanhamento das vocações, etc. O testemunho de vida madura, coerente e devota dos pais e dos familiares é o primeiro fundamento e a base da maturidade humana e cristã das vocações.[9] Dom Orione escreveu: “Com a piedade se cultivam as vocações, com a oração, com o bom exemplo, com a frequência dos Santos Sacramentos, com nossa vida ilibada, com a instituição de piedosas associações, com a devoção terna a Nossa Senhora.[10]

Uma atenção particular merece a oração pelas vocações (celebrações, adorações, dias de oração, grupos de oração, etc.), especialmente a oração que não se limita a pedir a Deus o dom de vocações, mas a que gera na pessoa que ora a generosa disponibilidade aos apelos do Senhor a condição indispensável para o florescimento de uma vocação. Não se reza para “descarregar” a responsabilidade sobre Deus, mas, sim, para pedir forças e sustentar o compromisso pelas vocações, com a consciência que as vocações não são o resultado cientificamente certo de nossas estratégias, iniciativas ou previsões. São, na verdade, e antes de qualquer coisa, “um dom de Deus e, por isso mesmo, devemos suplicar de forma incessante e com toda confiança; é essa oração o eixo de toda a pastoral vocacional, que deve dar sentido, não só alguns indivíduos, mas a todas as nossas comunidades eclesiais”.[11] O XIII Capítulo Geral nos convida a rezar e a promover orações pelas vocações, envolvendo em particular os confrades anciãos e doentes, os nossos pobres, e valorizando a difusão de orações em nível provincial, fazendo surgir um verdadeiro Movimento de Oração pelas Vocações (cf. 13CG, 106).

 

Conclusão

Sirva-nos de exemplo Dom Orione, com suas orações, suas “questue delle vocazioni” (campanhas vocacionais) e suas tantas outras iniciativas que soube organizar pessoalmente até os últimos dias de sua vida, acompanhando jovens vocacionados, aos quais pregava “retiros mínimos”; foi desse seu trabalho surgiram belas figuras de religiosos, como Don Ignazio Terzi, Don Giuesppe Zambarbieri e vários outros.

Ouçamos por fim, uma vez mais, as palavras de Dom Orione:

Estou com quase 50 anos, mas, pela graça de Deus, me sinto ainda válido e robusto,  a ponto de poder trabalhar muito bem, sem por enquanto sentir necessidade de ter secretário. Se eu soubesse, porém, que, morrendo hoje, de minha tumba, ou depois de mim, haveria de surgir uma vocação, eu pediria a Deus que me chamasse logo a Ele: bastaria saber que haveria um padre a mais, um padre mais jovem do que eu, a quem eu pudesse transmitir a Cruz e o Evangelho de Jesus Cristo, e uma missão: a de suscitar vocações de amor ao Papa e às Almas.

Queridos filhos, “confortamini et non dissolvantur manus vestrae” (Sede fortes e não deixeis cair os braços): dai a Jesus Cristo, ao Papa e a este vosso irmão e Pai em Deus Nosso Senhor a maior consolação: amai-vos uns aos outros com grande e divina caridade  e cada um de vós se torne um caçador de almas e de vocações.(Scr 32, 16)

Don Silvestro Sowizdrzal FDP
conselheiro geral

 


[1] Escritos 115, 227.

[2] Dom Orione repete essa frase em diversas cartas, especialmente nas cartas sobre as campanhas  vocacionais: Escr. 56,135; 62,31; 63,175c; 77,103; 93,335; 108,235; 111,228).

[3] Escr. 57, 138.

[4] Escr. 115, 276-277.

[5] É o processo de traditio e redditio (testemunho recebido e testemunho apresentado) que acontece no interior da tradição da Igreja. João Paulo II em sua exortação apostólica Pastores dabo vobis escrevia que nenhum chamamento“acontece  jamais fora ou independentemente da Igreja, mas passa sempre pela Igreja e vem mediante a Igreja”, a “Igreja é geradora e mediadora das vocações” (Pdv, 35).

[6] Escr. 115, 277.

[7] Escr. 115, 277.

[8] Cf. VC 64.

[9] João  Paulo II dizia que a família é o primeiro seminário.

[10] Escr. 115, 277.

[11] Cf. Pdv, 38.

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